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Kirchner e presidente eleito da Colômbia conversam amanhã sobre crise com a Venezuela

postado em 25/07/2010 13:12
Buenos Aires - O secretário-geral da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Néstor Kirchner, conversará nesta segunda-feira (26/7) com o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, antecipando encontro que estava marcado para o dia 7 de agosto, ocasião em que Santos será empossado no cargo em substituição a Álvaro Uribe. Santos estará nesta segunda-feira em Buenos Aires, iniciando uma série de visitas a presidentes sul-americanos.

As visitas já estavam acertadas entre as chancelarias antes de o presidente venezuelano Hugo Chávez decretar, na última quinta-feira (22/7), o rompimento de relações diplomáticas com a Colômbia. Até o momento, Santos não se pronunciou sobre o conflito, uma vez que, segundo ele, qualquer posição oficial deve ser divulgada pelo ainda presidente Álvaro Uribe.

[SAIBAMAIS]Kirchner já tem viagem marcada para Caracas, capital venezuelana, onde se encontrará com Hugo Chávez, no dia 5 de agosto. No dia 6, o secretário-geral da Unasul estará na capital colombiana, Bogotá, para conversar com Álvaro Uribe. Espera-se também para amanhã manifestação da presidente argentina Cristina Kirchner sobre o conflito entre a Venezuela e a Colômbia, logo depois de receber Juan Manuel Santos em audiência. Até o momento, a presidente mantém silêncio sobre o assunto.

Por outro lado, os ministros das Relações Exteriores dos países que formam a Unasaul deverão se reunir na próxima quinta-feira (29/7) em Quito, capital do Equador, para analisar e encontrar soluções que encerrem o conflito entre a Venezuela e a Colômbia. O encontro foi convocado pelo presidente equatoriano Rafael Correa, que também é o presidente temporário da Unasul, órgão formado pela Argentina, pelo Brasil, pela Bolívia, pelo Chile, pela Colômbia, pelo Equador, pela Guiana, pelo Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e pela Venezuela.

Na quinta-feira passada (22/7), o presidente Hugo Chávez decretou o rompimento das relações diplomáticas com o governo de Álvaro Uribe logo depois que o embaixador colombiano na Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Alfonso Hoyos, apresentou, em sessão extraordinária do órgão, fotos, vídeos e depoimentos que comprovariam a existência de 87 acampamentos e de 1.500 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) em território venezuelano.

De acordo com o ministro colombiano das Relações Exteriores, Jaime Bermudez, vários países da América do Sul já se ofereceram para intermediar a solução do conflito com a Venezuela, entre eles o Brasil. Agora, segundo o chanceler, o importante para a Colômbia é desmantelar os grupos terroristas que "veraneiam" na Venezuela com a colaboração do governo de Chávez.

Bermudez disse que na reunião extraordinária da Unasul da próxima quinta-feira vai aprofundar as denúncias já apresentadas na OEA. O presidente da Bolívia, Evo Morales, também se pronunciou sobre o conflito, afirmando que a Unasul deve discutir o assunto em conjunto, porque "jamais os povos da América do Sul podem permitir uma guerra entre irmãos vizinhos".

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