postado em 27/07/2010 15:40
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, ressaltou hoje (27/7) que o fim do impasse entre a Venezuela e a Colômbia pode ocorrer amanhã, durante a reunião da União das Nações Sul-Americana (Unasul) em Quito, no Equador. Segundo ele, a tarefa imediata dos líderes da região é buscar uma solução para a crise até que o novo presidente da Colômbia assuma o poder na semana que vem. As informações são da BBC Brasil.[SAIBAMAIS];A tarefa imediata é administrar a situação até a chegada do novo governo colombiano e então procurar uma solução mais permanente;, afirmou o chanceler, referindo-se à posse do presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, em 7 de agosto. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já confirmou presença na cerimônia.
Amorim lembrou que Lula participou diretamente das negociações para tentar um acordo entre Venezuela e Colômbia. Em 22 de julho, quando o presidente venezuelano, Hugo Chávez, anunciou o rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia, Lula telefonou para ele. Na conversa, o presidente brasileiro pediu que Chávez tente negociar e tenha tranquilidade.
Paralelamente, negociadores brasileiros entraram em contato com os autoridades colombianas.;Na questão da crise entre a Venezuela e a Colômbia, a primeira coisa que o presidente Lula fez foi telefonar para o presidente Chávez, e também entramos em contato com os ministros colombianos. Uma coisa não interfere na outra, pelo contrário, o prestígio internacional do Brasil nos ajuda também a trabalhar na região;, afirmou Amorim, em viagem ao Oriente Médio.
Desde a semana passada, a crise entre Venezuela e Colômbia agravou-se. O estopim foi o anúncio de Chávez informando sobre o rompimento das relações diplomáticas com o país vizinho. O venezuelano tomou a decisão ao saber da divulgação de informações, em uma sessão da Organização dos Estados Americanos (OEA), sobre a suposta existência de 87 acampamentos e 1,5 mil guerrilheiros em território venezuelano.
A iniciativa provocou a indignação do governo da Venezuela. A disposição de negociar a mediação do conflito no âmbito da Unasul afasta os Estados Unidos do tema. Os norte-americanos que também integram a OEA são os principais aliados da Colômbia no continente. Negociar um acordo por meio da Unasul, reforça, segundo especialistas, a unidade regional da América do Sul.