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Ex-preso político cubano paraplégico viaja para os EUA

Agência France-Presse
postado em 28/07/2010 15:08
O ex-preso político cubano paraplégico Ariel Sigler, libertado em 12 de junho, viajou hoje (28/7) aos Estados Unidos para receber tratamento médico, convencido de que será uma viagem curta, porque acha que resta pouco tempo ao Governo comunista.

"Acho que poderei voltar logo a Cuba porque resta pouco tempo ao Governo, à ditadura", disse Sigler à imprensa no aeroporto de Havana, conduzido na cadeira de rodas pela esposa Noelia Pedraza.

[SAIBAMAIS]Sigler, de 46 anos, foi o primeiro preso político libertado depois de um diálogo entre o presidente Raúl Castro e o cardeal Jaime Ortega em 19 de maio e, devido ao estado de saúde, recebeu visto e permissão de viagem para receber tratamento no Jackson Hospital de Miami.

Como fruto da mediação de Ortega, Raúl Castro autorizou a libertação gradual de 52 opositores - 20 já estão na Espanha -, que faziam parte do grupo de 75 dissidentes presos - entre eles Sigler - condenados em 2003.

O ex-preso político disse esperar que o acolham nos Estados Unidos "da melhor forma possível". Sigler também sofre de uma série de doenças crônicas como polineuropatia e problemas digestivos e renais.

Considerado preso de consciência pela Anistia Internacional, cumpria condenação de 20 anos de prisão, tendo sido detido em 18 de março de 2003, junto aos irmãos Guido - ainda preso - e Miguel - que hoje mora em Miami.

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