Agência France-Presse
postado em 04/08/2010 19:27
Até nove furacões podem se formar nos próximos quatro meses da temporada no Atlântico norte, e cinco deles podem ser de grande intensidade com ventos superiores a 178 km/h, segundo estudo da Universidade do Estado do Colorado (CSU), difundido hoje (4/8).O estudo de especialistas da CSU confirma as previsões de junho com a formação de até 18 tempestades tropicais devidamente nomeadas, três das quais - Alex, Bonnie e Colin - já se formaram entre junho e agosto. Os cientistas previram um total de 10 ciclones para toda a estação, que dura seis meses.
A tempestade Alex, que se formou em junho e chegou à costa do México com ventos de 150 km/h, se transformou no primeiro furacão da temporada no Atlântico norte, entre junho e novembro.
A média histórica de tempestades tropicais por temporada é de 9,6, enquanto a de furacões foi de 5,9 no último século.
O estudo, realizado pelos cientistas Philip Klotzbach e William Gray, da CSU, destaca que os dados refletem uma temporada de furacões "muito ativa" em 2010.
E destaca como causas o desenvolvimento do fenômeno climático La Niña - caracterizado por uma queda da temperatura no oceano Pacífico - e uma elevação superior à média da temperatura na superfície do oceano Atlântico, gerando condições atmosféricas favoráveis à formação de furacões.
O estudo indica que existe, neste ano, 75% de probabilidade - muito acima da média de 52% do último século - de que um grande furacão de categoria 3, 4 ou 5 na escala Saffir-Simpson (que mede a força dos ventos) impacte a costa norte-americana.
Ainda há 49% de probabilidade - acima da média de 30% - de que um ciclone entre na região do Golfo do México, afetada por um gigantesco vazamento controlado nas últimas horas. E 64% de possibilidade - acima da média de 42% - de que um furacão passe pelas ilhas do Caribe, segundo a mesma análise.