Agência France-Presse
postado em 05/08/2010 18:26
A capital colombiana estava hoje (5/8) em alerta diante da chegada de em torno de 14 chefes de Estado para a posse do novo presidente Juan Manuel Santos, no próximo sábado, com a memória ainda viva dos atentados que afetaram a posse de Alvaro Uribe, em 2002.O dispositivo de segurança que começou a ser mobilizado e do qual fazem parte ao menos 27 mil homens da polícia e do Exército inclui controles de segurança nos principais acessos da cidade e registros de veículos por militares fortemente armados, constatou a AFP.
A operação também contempla sobrevoos de helicópteros e aeronaves e busca neutralizar ações da guerrilha das Farc que há oito anos disparou bombas caseiras contra diversos locais de Bogotá, inclusive a sede presidencial, no momento em que Uribe assumia o cargo.
Um desses disparos causou a morte de 19 mendigos que estavam nos arredores da Presidência.
"Apesar de sabermos que as Farc estão bastante afetadas na logística e capacidade, não descartamos que concentrem esforços em tentar causar danos por meio dos milicianos, como estratégia para mostrar que continuam presentes", disse à AFP uma fonte da inteligência do Exército.
Em 30 de junho, as autoridades asseguraram ter frustrado um suposto plano das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) de realizar um atentado terrorista semelhante em 7 de agosto de 2002.
De acordo com a diretora do Corpo Técnico de Investigação (CTI) da procuradoria, Marilú Méndez, membros dessa entidade encontraram em uma casa no sul de Bogotá dois morteiros artesanais, plantas da Casa de Nariño (sede presidencial) e de outros locais nos arredores. No local, foram capturados dois supostos integrantes das Farc.
Segundo o diretor de segurança da polícia, 22 mil membros dessa instituição foram mobilizados para garantir a normalidade em Bogotá. A eles se somam 4 mil integrantes das Forças Militares e 800 agentes do serviço de inteligência (DAS).