Agência France-Presse
postado em 11/08/2010 10:33
O chefe do Estado-Maior do exército de Israel, general Gaby Ashkenazi, justificou o ataque à frota de ajuda a Gaza que deixou nove mortos no dia 31 de maio em um depoimento a uma comissão de investigação israelense responsável por examinar os aspectos jurídicos da operação. "Nossos soldados abriram fogo de forma justificada, atirando contra quem era necessário e sem disparar em quem não era necessário", afirmou o general Ashkenazi."A operação foi comedida e justificada. Os soldados demonstraram sangue frio e de coragem. A vida dos membros do comando estava em perigo, atuaram de forma excepcional", completou o chefe do Estado-Maior. O general Ashkenazi é o terceiro alto funcionário do governo, depois do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu e do ministro da Defesa Ehud Barak, a comparecer à comissão desta segunda-feira.
A comissão, presidida pelo ex-juiz da Suprema Corte Yaakov Tirkel, tem cinco israelenses e dois observadores estrangeiros, que não têm direito a voto. "Nem sempre as informações são exatas antes de uma operação e as operações poucas vezes acontecem como o previsto. A diferença entre um êxito e uma complicação é fina como um fio de cabelo", admitiu o general.
Ashkenazi será o único militar a depor na comissão. O Exército israelense admitiu em um relatório interno, publicado parcialmente em 12 de julho, os erros cometidos no planejamento e execução da operação, justificando ao mesmo tempo o uso da força.
Oficiais da marinha israelense mataram nove turcos na ação contra o navio "Mavi Marmara", em águas internacionais, no momento em que a embarcação tentava romber o bloqueio ao redor da Faixa de Gaza.