Mundo

Equipes de resgate ainda trabalham e há previsão de mais chuva no noroeste da China

Agência France-Presse
postado em 11/08/2010 10:36
As equipes de resgate chinesas tentavam nesta quarta-feira (11/8) esvaziar um lago formado após os deslizamentos de terra na província de Gansu (noroeste), que provocaram a morte de mais de 700 pessoas, no momento em que a meteorologia prevê uma nova tempestade tropical.

Em uma região isolada desta província, cuja população incluiu um terço de tibetanos, 10.000 soldados e socorristas buscam sinais de vida em montanhas de lama.

No entanto, 72 horas depois da catástrofe de sábado, há poucas possibilidades de encontrar pessoas vivas. O número de desaparecidos se aproxima de 1.000.

Em um hotel inundado, um homem de 50 anos foi resgatado depois de sobreviver três dias. Wang Dianlan pediu ajuda nesta quarta-feira, quando ficou sem comida (basicamente aletria seca). Foi encontrado desidratado, mas em condição estável, segundo a agência de notícias Xinhua.

No momento em que o tufão Dianmu, que acaba de provocar cinco mortes na Coreia do Sul, se aproxima do país, a meteorologia prevê novas chuvas torrenciais e os soldados chineses tentam desobstruir o curso do rio Bailong. Montanhas de rochas impedem a passagem da água acumulada e, caso desmoronem, provocariam uma nova catástrofe.

As autoridades provinciais afirmaram ter reduzido à metade o nível do lago artificial e ordenaram a retirada das pessoas que moram nas áreas mais expostas.

A lama sepultou uma faixa de cinco quilômetros de comprimento e 500 metros de largura com uma altura que chegou, em alguns casos, ao terceiro andar dos edifícios.

A China enfrenta este ano as maiores inundações em uma década, que já provocaram 2.100 mortes e obrigaram 12 milhões de pessoas a deixar suas casas, principalmente no sul e centro do país, e agora também no noroeste.

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação