Agência France-Presse
postado em 11/08/2010 11:05
Os deslizamentos de terra na China deixaram 1.117 mortos e 627 desaparecidos, anunciaram nesta quarta-feira (11/8) as autoridades locais, revisando em alta o balanço anterior de 702 mortos.A catástrofe aconteceu numa área remota da província de Gansu, na colina tibetana. As equipes de socorro redobram seus esforços de busca por temor de uma iminente tempestade tropical. Mas as esperanças de encontrar sobreviventes são cada vez menores, 72 horas depois do desastre, indicaram as equipes mobilizadas na localidade de Zhouqu, arrasada pelo lodaçal.
Em um hotel inundado, um homem de 50 anos foi resgatado depois de sobreviver três dias. Wang Dianlan pediu ajuda nesta quarta-feira, quando ficou sem comida (basicamente aletria seca). Foi encontrado desidratado, mas em condição estável, segundo a agência de notícias Xinhua.
[SAIBAMAIS]No momento em que o tufão Dianmu, que acaba de provocar cinco mortes na Coreia do Sul, se aproxima do país, a meteorologia prevê novas chuvas torrenciais e os soldados chineses tentam desobstruir o curso do rio Bailong. Montanhas de rochas impedem a passagem da água acumulada e, caso desmoronem, provocariam uma nova catástrofe.
As autoridades provinciais afirmaram ter reduzido à metade o nível do lago artificial e ordenaram a retirada das pessoas que moram nas áreas mais expostas.
A lama sepultou uma faixa de cinco quilômetros de comprimento e 500 metros de largura com uma altura que chegou, em alguns casos, ao terceiro andar dos edifícios.
A China enfrenta este ano as maiores inundações em uma década, que já provocaram 2.100 mortes e obrigaram 12 milhões de pessoas a deixar suas casas, principalmente no sul e centro do país, e agora também no noroeste.