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Turquia cria comissão para apurar ataque de Israel a flotilha de ajuda humanitária

postado em 12/08/2010 16:53
O governo da Turquia criou hoje (12/8) uma comissão para investigar o ataque de militares israelenses à flotilha com ajuda humanitária, na região da Faixa de Gaza, no fim de maio. O ataque provocou a morte de nove pessoas e feriu mais de 30 ativistas. O primeiro-ministro da Turquia, Tayyip Erdogan, vai comandar as investigações. O caso também gerou apurações na Organização das Nações Unidas (ONU) e em Israel.

[SAIBAMAIS];(A comissão turca) vai investigar o ataque e o tratamento dispensado aos ativistas;, diz a nota oficial do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Turquia. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, Telam. Não há uma definição de prazo para a conclusão das investigações.

As autoridades turcas demonstraram insatisfação com as investigações em curso. O objetivo da comissão é reunir material de diferentes áreas do governo turco. Ao final, será elaborado um relatório que vai ser enviado à comissão de inquérito da ONU.

No começo desta semana, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e o ministro da Defesa israelense, Ehud Barak, defenderam a ação militar que gerou o ataque à flotilha. Segundo ele, os militares reagiram a uma ameaça.

Em 31 de maio, militares israelenses atacaram uma flotilha organizada por entidades de ajuda humanitária destinada à região da Faixa de Gaza. O episódio gerou uma série de críticas da comunidade internacional. A ONU e os Estados Unidos exigiram de Israel uma investigação independente sobre o caso. Porém, inicialmente, o governo israelense se negou a autorizar as apurações. Depois, aceitou.

Na ocasião, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva condenou o ato israelense. Para o presidente, o ataque à frota de ativistas pode ser comparado a outras ações terroristas que também são rechaçadas pelo governo brasileiro.

Há cerca de três anos, a região de Gaza está submetida a um embargo econômico imposto por Israel. Momentaneamente está autorizada a entrada de produtos considerados bens de consumo, como alguns tipos de alimentos, medicamentos, roupas e calçados. Aproximadamente 1,4 milhão de pessoas vivem na zona.

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