Agência France-Presse
postado em 13/08/2010 11:54
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, conversou com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em uma tentativa de eliminar os obstáculos parfa retomar as conversas diretas de paz entre israelenses e palestinos, afirmou seu porta-voz nesta sexta-feira.Em mensagens no Twitter, o porta-voz do departamento de Estado, Philip Crowley, disse que Hillary também falou com seus colegas Nasser Judeh, da Jordânia, e Ahmed Abul Gheit, do Egito, dentro da "pressão dos Estados Unidos para (fazer avançar o processo de) paz no Oriente Médio".
Crowley disse que a chefe da diplomacia americana discutiu com "Netanyahu temas por resolver para que as negociações diretas comecem", enquanto falou com Judeh e Abul Gheit sobre "detalhes da negociação".
Hillary Clinton manteve s conversacões depois da volta do enviado dos Estados Unidos para o Oriente Médio na quarta-feira, em Washington, após dois dias de conversas com Netanyahu e o líder palestino Mahmud Abbas.
Egito e Jordânia, os dois países árabes que fizeram a paz com Israel, têm um papel-chave de mediação nas negociações israelenses-palestinas.
Em uma carta divulgada mais cedo, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, afirma que Abbas estaria a ponto de aceitar manter negociações diretas com Israel.
"O presidente Abbas está a ponto de aceitar as negociaciones diretas, mas pediu (um prazo) de vários dias adicionais para concluir consultas com os sócios árabes, assim como com os dirigentes do Fatah e da Organização para a Libertação da Palestina (OLP)", destaca a carta, cuja cópia foi obtida pela AFP.
Segundo Ashton, Abbas dará uma resposta "definitiva" a uma retomada das negociações diretas no domingo ou início da próxima semana.
As negociações diretas entre palestinos e israelenses podem começar no fim de agosto, 20 meses depois da interrupção, provocada pela devastadora ofensiva executada por Israel na Faixa de Gaza, explica a chefa da diplomacia da UE.
Em maio, as duas partes retomaram os contatos indiretos com a mediação dos Estados Unidos, mas até agora Abbas se negou a negociar diretamente com Israel, já que exige o fim da colonização no território palestino da Cisjordânia.