postado em 13/08/2010 12:46
São Paulo - O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, confirmou nesta sexta-feira (13/8) que o governo brasileiro ofereceu asilo à iraniana Sakineh Ashtiani, de 43 anos, condenada à morte sob acusação de adultério, ao contrário do que disse o embaixador do Irão no Brasil, Mohsen Shaterzadeh. Segundo Amorim, não é necessário assinar um papel para que o pedido seja formalizado, porque algo que o embaixador brasileiro diz em outro país já é uma posição oficial do governo.[SAIBAMAIS];Quando o embaixador brasileiro em Teerã vai comunicar algo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia dito, mas vai comunicar oficialmente, isso para nós já é uma formalização. Há várias formas de comunicação, claro que não precisa colocar no papel. O presidente Lula fez um apelo baseado em razões humanitárias, na sensibilidade brasileira e isso foi transmitido por nosso embaixador em Teerã.;
Ao comentar a questão da iraniana, Amorim citou o caso da francesa Clotilde Reiss, que passou dez meses presa no Irã, acusada de espionagem, e disse que foi possível interceder pela francesa porque as situações são distintas. ;Nesse caso foi possível negociar porque havia vários interesses e era possível negociar. No caso da iraniana é um apelo. É uma situação tão complexa porque é uma cidadã iraniana. O outro caso era uma cidadã estrangeira, o que nos dava uma margem de negociação maior.;