Agência France-Presse
postado em 13/08/2010 13:53
O julgamento na base militar americana de Guantánamo, ilha de Cuba, do canadense Omar Khadr, processado por terrorismo, foi adiado por 30 dias, no mínimo, porque seu advogado de defesa precisou voltar aos Estados Unidos por razões de saúde.Depois de várias horas de interrogatórios durante a audiência de quinta-feira, na qual Khadr foi apresentado alternadamente como um inocente soldado criança ou um comprometido radical islâmico, o advogado de defesa ante a corte militar, tenente-coronel Jon Jackson, pediu uma quarta pausa de cinco minutos.
Em seguida, caiu de joelhos e desmaiou. Uma ambulância o levou para um hospital e depois um suboficial informou que Jackson foi operado da vesícula há seis semanas e que o incidente estaria relacionado com a cirurgia.
Khadr, 23 anos, capturado quando tinha 15 anos pelos Estados Unidos no Afeganistão, é o último ocidental que permanece detido na base militar americana e é submetido a julgamento, entre outras acusações, por matar um militar americano durante um combate em 2002.
O canadense também é acusado de ter sido treinado pela Al-Qaeda e de ter se unido à organização de Osama Bin Laden.
Filho de um alto dirigente da Al-Qaeda morto em 2003, Omar Khadr passou sua infência entre o Canadá, Paquistão e Afeganistão.
Khadr rejeitou uma oferta de Washington de 30 anos de prisão, incluindo 25 no Canadá, em troca de se declarar culpado.
Trata-se do primeiro processo de um acusado que se declarou inocente ante um tribunal militar sob a administração Obama.