Mundo

Atentado suicida em centro de recrutamento deixa 59 mortos em Bagdá

Agência France-Presse
postado em 17/08/2010 08:20
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    Mundo

    Atentado suicida em centro de recrutamento deixa 59 mortos em Bagdá

    Agência France-Presse
    postado em 17/08/2010 08:20
    Pelo menos 59 pessoas morreram hoje (27/8) em um atentado suicida contra um centro de recrutamento do exército iraquiano em Bagdá, no ataque mais violento do ano no país, a apenas duas semanas do fim da missão de combate das tropas americanas neste país.

    O atentado, ocorrido no centro da capital iraquiana, coincide com um momento de crise política e ocorre em pleno Ramadã, o mês sagrado do jejum muçulmano, caracterizado há alguns anos pelo aumento da violência.

    O necrotério de Bagdá confirmou o balanço de 59 mortos, enquanto o hospital mais próximo ao local da explosão informou que 125 feridos foram internados no centro médico.

    Às 7h30 locais (1h30 de Brasília), um homem-bomba detonou os explosivos que estavam na roupa no meio dos recrutas, que faziam fial diante do antigo edifício do ministério da Defesa, atual sede do comando das forças de segurança, no bairro de Bab al-Muazam, centro de Bagdá.

    Entre as vítimas também estão soldados que faziam a segurança do local, de acordo com fontes do ministério do Interior.

    "Não sei como o homem-bomba conseguiu entrar, porque teve que passar por um controle eletrônico e uma revista corporal. Teve que se esconder desde ontem à noite", disse Ahmed Kazem, 19 anos, um recruta que escapou ileso do ataque.

    Segundo Kazem, a semana de recrutamento estava prestes a acabar e a movimentação era intensa no local.

    Os recrutas estavam reunidos na praça Midan, uma área controlada pelo exército. "Depois da explosão, todo mundo fugiu em todas as direções e os soldados atiraram para o alto. Vi pessoas no chão, com o corpo queimado ou sangrando", completou.

    O balanço de mortos é o maior no Iraque em 2010.

    O atentado ocorreu a apenas duas semanas do fim oficial da missão de combate do exército americano no Iraque.

    Os 50 mil militares americanos que permanecerão no país ficarão responsáveis, a partir de 1; de setembro, pelo treinamento das forças de segurança iraquianas até o fim de 2011, quando serão obrigados a deixar o país como determina um acordo bilateral.

    Os Estados Unidos lideraram em 2003 uma invasão que derrubou o ditador Saddam Hussein.

    A saída programada dos soldados americanos preocupa o comando militar iraquiano. O general Babaker Zebari, chefe do Estado-Maior, considera a partida prematura, pois considera que o exército do país, composto por 200 mil homens, será capaz de garantir a segurança plenamente apenas em 2020.

    O atentado contra o exército também ocorreu em plena paralisia política, um dia depois do rompimento das negociações dos dois principaias partidos iraquianos para a formação de um novo governo.

    O Bloco Iraquiano do ex-premier laico Iyad Allawi, o partido com mais votos nas eleições legislativas de 7 de março, interrompeu as negociações com a Aliança do Estado de Direito do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, como protesto por declarações feitas pelo chefe de Estado à imprensa.

    O governo dos Estados Unidos tem pressionado, em vão, os líderes políticos iraquianos a deixar de lado as ambições para a formação de um governo que integre todas as tendências, com o objetivo de evitar o risco de uma retomada da violência religiosa.

    Em outro atentado nesta terça-feira, o presidente da Corte de Apelação, Kamal Jaber Bandar, e o motorista foram feridos na explosão de uma bomba em uma estrada em Yarmuk (oeste), enquanto em Baladruz, 75km ao nordeste da capital, três juízes foram feridos em um ataque similar.

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    Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
Pelo menos 59 pessoas morreram hoje (27/8) em um atentado suicida contra um centro de recrutamento do exército iraquiano em Bagdá, no ataque mais violento do ano no país, a apenas duas semanas do fim da missão de combate das tropas americanas neste país.

O atentado, ocorrido no centro da capital iraquiana, coincide com um momento de crise política e ocorre em pleno Ramadã, o mês sagrado do jejum muçulmano, caracterizado há alguns anos pelo aumento da violência.

O necrotério de Bagdá confirmou o balanço de 59 mortos, enquanto o hospital mais próximo ao local da explosão informou que 125 feridos foram internados no centro médico.

Às 7h30 locais (1h30 de Brasília), um homem-bomba detonou os explosivos que estavam na roupa no meio dos recrutas, que faziam fial diante do antigo edifício do ministério da Defesa, atual sede do comando das forças de segurança, no bairro de Bab al-Muazam, centro de Bagdá.

Entre as vítimas também estão soldados que faziam a segurança do local, de acordo com fontes do ministério do Interior.

"Não sei como o homem-bomba conseguiu entrar, porque teve que passar por um controle eletrônico e uma revista corporal. Teve que se esconder desde ontem à noite", disse Ahmed Kazem, 19 anos, um recruta que escapou ileso do ataque.

Segundo Kazem, a semana de recrutamento estava prestes a acabar e a movimentação era intensa no local.

Os recrutas estavam reunidos na praça Midan, uma área controlada pelo exército. "Depois da explosão, todo mundo fugiu em todas as direções e os soldados atiraram para o alto. Vi pessoas no chão, com o corpo queimado ou sangrando", completou.

O balanço de mortos é o maior no Iraque em 2010.

O atentado ocorreu a apenas duas semanas do fim oficial da missão de combate do exército americano no Iraque.

Os 50 mil militares americanos que permanecerão no país ficarão responsáveis, a partir de 1; de setembro, pelo treinamento das forças de segurança iraquianas até o fim de 2011, quando serão obrigados a deixar o país como determina um acordo bilateral.

Os Estados Unidos lideraram em 2003 uma invasão que derrubou o ditador Saddam Hussein.

A saída programada dos soldados americanos preocupa o comando militar iraquiano. O general Babaker Zebari, chefe do Estado-Maior, considera a partida prematura, pois considera que o exército do país, composto por 200 mil homens, será capaz de garantir a segurança plenamente apenas em 2020.

O atentado contra o exército também ocorreu em plena paralisia política, um dia depois do rompimento das negociações dos dois principaias partidos iraquianos para a formação de um novo governo.

O Bloco Iraquiano do ex-premier laico Iyad Allawi, o partido com mais votos nas eleições legislativas de 7 de março, interrompeu as negociações com a Aliança do Estado de Direito do primeiro-ministro Nuri al-Maliki, como protesto por declarações feitas pelo chefe de Estado à imprensa.

O governo dos Estados Unidos tem pressionado, em vão, os líderes políticos iraquianos a deixar de lado as ambições para a formação de um governo que integre todas as tendências, com o objetivo de evitar o risco de uma retomada da violência religiosa.

Em outro atentado nesta terça-feira, o presidente da Corte de Apelação, Kamal Jaber Bandar, e o motorista foram feridos na explosão de uma bomba em uma estrada em Yarmuk (oeste), enquanto em Baladruz, 75km ao nordeste da capital, três juízes foram feridos em um ataque similar.

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