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Paquistaneses podem ser expulsos

Fugindo dos extemistas islâmicos talibãs, quatro paquistaneses entraram irregularmente no Brasil no último dia 7 e foram detidos no sábado. A Polícia Rodoviária, em procedimento de rotina, abordou em Abadia de Goiás um ônibus que viajava de Porto Velho (RO) para Brasília. Os patrulheiros verificaram que Akhtar Hussain, 21 anos, Abdur Rahim, 34, Maqsood Ali, 35, e Zeeshan, 29, estavam sem visto. Com eles viajava um afegão, que tinha um documento no qual pedia refúgio político.

Levados à Superintendência da Polícia Federal (PF) em Goiânia, os cinco teriam contado suas histórias de problemas com os talibãs. Citado pelo jornal O Popular, o delegado James Soliz comentou que um dos interrogados disse ter sido perseguido por vender roupas femininas. Outro, por construir casas para norte-americanos. Um terceiro afirmou que os extremistas decapitaram seu pai, e o quarto foi acusado de ser informante do Exército paquistanês. Todos comentaram que, além de refúgio político, queriam conseguir um emprego no Brasil.

O afegão foi liberado ainda no ônibus, pois está em situação legal enquanto o caso é analisado. Já os paquistaneses foram liberados apenas após interrogatório, mas receberam notificação para deixar o Brasil no prazo de três dias, esgotado ontem. A PF não sabe se os quatro voltaram ou não ao Paquistão, pois, segundo a assessoria, não há como controlar a movimentação deles pelo país após liberá-los. Porém, se o grupo for localizado em território nacional a partir de hoje, deve ser deportado.

Viagem
O grupo desembarcou na América Latina pelo Equador, país que não exige visto para paquistaneses. Os cinco seguiram então para o Peru e chegaram ao Brasil pelo Acre, depois de cruzar a pé a fronteira. Do Acre, foram para Porto Velho e pegaram o ônibus para Brasília. Segundo a assessoria de imprensa da PF, o ingresso de imigrantes irregulares no país não tem aumentado, e o episódio dos paquistaneses ;é um caso isolado;.