Agência France-Presse
postado em 20/08/2010 11:34
Mais 130 ciganos foram expulsos nesta sexta-feira (20/8) a bordo de um avião que partiu do aeroporto parisiense de Roissy rumo à cidade de Timisoara, na Romênia.Trata-se da segunda expulsão em 48 horas, já que, na véspera, 86 ciganos, segundo o governo francês, foram enviados a Bucarest em dois voo diferentes, a partir de Lyon, centro-leste da França, e Paris.
Na véspera, o ministro francês da Imigração, Eric Besson, anunciou, no total, 850 pessoas serão reconduzidas a seus países de origem até o final de agosto a serem".
Em 2009, 44 voos deste tipo foram organizados e 10.000 romenos e búlgaros foram levados para seus países, segundo as autoridades francesas que reconhecem, no entanto, que as pessoas expulsas, membros da União Europeia (UE), poderiam voltar à França sem visto e permanecer três meses sem justificação.
[SAIBAMAIS]Quatrocentas mil pessoas, 95% delas francesas, fazem parte da comunidade cigana na França. O restante é formado por ciganos de origem búlgara, romena e de outros países dos Bálcãs, cujo número aumenta constantemente, segundo o governo. Calcula-se que haja 15 mil ciganos em situção irregular na França.
A ONU criticou severamente a França por estabelecer uma relação entre imigração e insegurança. Na França, o governo de direita foi acusado pela esquerda de promover um "racismo de Estado".
Romênia e Bulgária, de onde são oriundos os 700 ciganos passíveis de repatriação, tornaram-se membros da União Europeia em 1; de janeiro de 2007.
Apesar de posições contraditórias, o governo está convencido de que todo este tema fortalece Sarkozy frente às eleições presidenciais de 2012, após o escândalo político-financeiro dos últimos meses, protagonizado pelo ministro do Trabalho, Eric Woerth, e a mulher mais rica da França, Liliane Bettencourt, que respinga no próprio presidente.