postado em 20/08/2010 11:40
Brasília ; Sob sanções impostas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas há mais de dois meses, o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, mantém o desenvolvimento do programa nuclear e da política de defesa militar do país. O ministro da Defesa, Ahmad Vahidi, disse nesta sexta-feira (20/8) que foram testados ;com sucesso; os mísseis Qiam-1. As informações são da agência iraniana oficial de notícias, a Irna.;O míssil Qiam-1 é excepcional atende a necessidades especiais e [é] de alta resistência. Foi testado com sucesso;, disse Vahidi. ;[As indústrias do setor de defesa do Irã] são altamente capacitadas, o que serve de símbolo do fracasso das estratégias [de ataque] inimigo;, afirmou.
O anúncio ocorre no momento em que o Irã é alvo de suspeitas de parte da comunidade internacional. Para vários países, o governo iraniano esconde a produção de armas atômicas por meio do desenvolvimento do programa nuclear. Ahmadinejad e outras autoridades negam as acusações.
Porém, por decisão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, da União Europeia, dos Estados Unidos e do Canadá, o Irã está submetido a uma série de restrições econômicas. As medidas atingem diretamente as áreas de comércio e militar do país. O objetivo das sanções é pressionar o governo iraniano a abandonar o programa de desenvolvimento nuclear do país.
No entanto, o chefe da Organização de Energia Atômica do Irã (Oeai), Ali Akbar Salehi, reiterou hoje que o país manterá a política de enriquecimento de urânio. A meta é produzir material suficiente para por a Usina de Bushehr em funcionamento no próximo mês. A ideia é construir um total de 20 plantas nucleares.
Salehi disse que o Irã vai recusar a sugestão dos norte-americanos para a compra do urânio russo. Segundo ele, é direito do governo iraniano ter domínio sobre o ciclo do combustível. De acordo com o especialista, a Usina de Bushehr terá condições de funcionar por 60 anos.