Agência France-Presse
postado em 20/08/2010 16:12
A Casa Branca considerou hoje (20/8) que foi "infeliz, inapropriada e um error" a libertação há um ano de uma prisão, na Escócia, de Abdelbaset Al Megrahi - o único condenado pelo atentado, em 1988, contra um avião que caiu sobre Lockerbie.O comentário foi feito por John Brennan, assessor para assuntos de contraterrorismo do presidente dos Estados Unidos Barack Obama, no momento em que quatro senadores americanos pediram investigação para determinar o por quê da libertação do líbio.
Os parlamentares sugerem que a gigante BP poderia ter pressionado por isso, para salvaguardar um acordo de exploração de hidrocarbonetos de US$ 900 milhões firmado com a Líbia.
O governo escocês soltou Megrahi por motivos humanitários, em 20 de agosto de 2009, alegando que sofria de câncer de próstata em fase terminal, restando a ele três meses de vida. Permitiu que regressasse à Líbia para morrer.
Um ano depois, Megrahi continua vivo, o que motivou a polêmica nos Estados Unidos, de onde provinha a maioria das vítimas do atentado.
Em 21 de dezembro de 1988, o Boeing 747 da companhia Pan Am caiu em Lockerbie. Onze vizinhos que estavam nas casas morreram na tragédia junto aos 259 passageiros e tripulantes que viajavam no avião, que fazia a rota Londres-Nova Iorque.
Brenan falou com a imprensa na ilha de Martha Vineyard, onde Obama está passando dez dias de férias com a família.