Agência France-Presse
postado em 20/08/2010 17:38
Funcionários dos Estados Unidos iniciaram hoje (20/8) um giro por oito países, entre eles o Brasil, para insistir na aplicação das sanções impostas ao Irã por Washington e as Nações Unidas, em face do programa nuclear da República Islâmica, informou o Departamento do Tesouro.Além do Brasil, a delegação, integrada por representantes do Tesouro, do Departamento de Estado e da Casa Branca, visitará o Bahrein, Equador, Japão, Líbano, Coreia do Sul, Turquia e Emirados Árabes Unidos.
Segundo um comunicado da instituição, durante as conversas, eles advertirão que os bancos estrangeiros põem em risco o acesso ao sistema financeiro norte-americano, se continuarem fazendo negócios com empresas incluídas na lista negra.
Stuart Levey, encarregado do Tesouro para as sanções ao Irã, instou os governos a ficarem atentos e tomarem medidas para evitar que o regime de Teerã consiga eludi-los, tendo acesso ao sistema financeiro mundial com propósitos ilícitos.
No começo de junho, o Brasil votou contra as novas sanções impostas a Teerã pelo Conselho de Segurança da ONU, mas o presidente Lula assegurou que, apesar da posição, cumprirá as sanções.
Já o Equador integra a lista de países perigosos para o sistema financeiro internacional, junto com Irã, Angola, Coreia do Norte e Etiópia.
Em 9 de junho, o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que reforça as sanções internacionais e a iniciativa foi seguida rapidamente por Estados Unidos e União Europeia, que adotaram severas sanções unilaterais.
Paralelamente, as potências ocidentais, que suspeitam que o Irã quer obter a bomba atômica sob o disfarce de um programa nuclear civil, tentam convencer Teerã a voltar à mesa de negociações.
A República Islâmica enriquece urânio a 20% e alega que precisa dele para abastecer as futuras usinas elétricas.