Agência France-Presse
postado em 21/08/2010 19:39
Israel pediu neste sábado (21/8) que se reforce a pressão sobre o Irã para impedir que este país se dote de armamento nuclear, depois da inauguração da primeira central nuclear iraniana para uso civil. "As grandes potências devem reforçar a pressão sobre o Irã para que se submeta às decisões internacionais e suspenda suas atividades com urânio enriquecido e a produção de água pesada", declarou o ministério israelense das Relações Exteriores em um comunicado."É inconcebível que um país que viola de maneira flagrante as resoluções do Conselho de Segurança e da AIEA (..) possa beneficar-se dos frutos da energia nuclear", acrescenta o texto.
Teerã iniciou este sábado o processo de implantação de sua primeira usina nuclear, qualificando-a de "símbolo de sua resistência e determinação" ante a oposição das grandes potências contra seu programa nuclear, suspeito de acobertar objetivos militares.
Depois mais de três décadas de interrupções e atrasos, os engenheiros começaram pela manhã as operações de carregamento de 165 barras de combustível no reator da usina de Busher (sul), anunciou a Organização Iraniana de Energia Atômica (OIEA) em um comunicado.
O início das operações de carga do reator, realizadas na presença do vice-presidente Ali Akbar Salehi - chefe do programa nuclear iraniano - e de Serguei Kirienko - chefe da agência nuclear russa Rostom, que dirigiu a construção da usina -, faz com que a usina de Busher passe a ser considerada oficialmente uma instalação nuclear.
O lançamento da central chega em um momento em que a República Islâmica está submetida a seis resoluções do Conselho de Segurança da ONU, quatro delas acompanhadas de sanções, por seu programa nuclear e pela negativa de renunciar ao enriquecimento de urânio lançado em 2005.