Agência France-Presse
postado em 22/08/2010 18:22
BAGDÁ - As autoridades iraquianas reconheceram pela primeira vez, este domingo, que o autor do sequestro e assassinato, em 2004, de Margaret Hassan, uma trabalhadora social britânica, fugiu há cerca de um ano da tristemente conhecida prisão de Abu Ghraib, durante uma rebelião de presos.O ministério britânico das Relações Exteriores reagiu, em comunicado, declarando-se "muito inquieto" com o anúncio, e exigindo que "se cumpra a Justiça neste terrível crime cometido contra uma pessoa que dedicou toda a sua vida a ajudar os iraquianos".
Ali Lutfi Khasar al Raui, engenheiro de 26 anos, condenado à prisão perpétua em 2 de junho de 2009 pela morte de Margaret Hassan, nunca se apresentou à Corte Criminal de Bagdá, desde que teve início seu julgamento em apelação, em abril de 2010.
Esta é a primeira confirmação oficial da fuga de Ali, após as insistentes reivindicações dos advogados da família da falecida.
Margaret Hassan, de 59 anos, foi sequestrada em 19 de outubro de 2004 e morta um mês depois. Casada com um iraquiano, ela morava há 30 anos no país e era responsável pela organização de caridade internacional CARE no Iraque.
Seu corpo nunca foi encontrado.