Agência France-Presse
postado em 28/08/2010 14:27
Santiago - O ministro da Mineração do Chile, Laurence Golborne, desmentiu neste sábado versões da imprensa local assegurando que o resgate dos 33 mineiros presos sob a terra, em mina do norte do país, seria realizado num prazo máximo de 60 dias, dois meses antes das estimativas iniciais.
[SAIBAMAIS]"A informação é sumamente clara, o prazo estabelecido, estudado com os técnicos, é de entre três e quatro meses", esclareceu o ministro à Rádio Cooperativa.
O plano do engenheiro encarregado dos trabalhos de resgate, André Sougarret, é de uma perfuração vertical em forma de chaminé até os 700 metros de profundidade, onde está o abrigo.
Segundo a edição deste sábado do jornal La Tercera, o presidente Sebastián Piñera teria pressionado a equipe de resgate para que os mineiros pudessem sair antes de 18 de setembro, data em que se celebra o Bicentenário da Independência do Chile.
"O presidente Piñera nos encarregou de buscar alternativas mais rápidas, estudamos 10 opções diferentes que estão sendo revistas por técnicos da ENAP (Empresa Nacional de Petróleo) e da Codelco - 'Corporación Nacional del Cobre', e até agora não há outra solução, como diz a informação da imprensa, de que seriam retirados em 30 dias", acrescentou Golborne.
A imprensa chilena relata neste sábado que à chaminé somam-se outras alternativas, como a possibilidade de os mineiros subirem até o nível 300, onde se produziu o desabamento que bloqueou a saída da mina.
Segundo os engenheiros citados pela imprensa, a rocha que impedia a passagem ao plano inclinado estabilizou-se, parando de mover-se, pelo que diminuiriam os riscos de se aproximarem da zona.
Neste caso, o tempo que as perfurações demorariam até chegar aos mineiros, que estão há 23 dias presos, seria reduzida em mais da metade.