postado em 30/08/2010 08:53
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu ontem terminar a reconstrução de Nova Orleans, devastada pelo furacão Katrina há cinco anos. ;Queria vir até aqui para dizer à população desta cidade diretamente: meu governo está com vocês, e lutará com vocês até que o trabalho tenha terminado;, destacou o presidente, em discurso na Universidade Xavier, na Louisiana, que ficou inundada por duas semanas após a passagem do Katrina.Nova Orleans, em parte construída sob o nível do mar e protegida por diques, foi tomada pelas águas em 29 de agosto de 2005. Na ocasião, as autoridades determinaram a evacuação da cidade, de 1,4 milhão de habitantes, mas muitos não puderam ou não quiseram sair ; e a inundação acabou matando cerca de 1,8 mil pessoas. Até hoje, a cidade não conseguiu se recuperar totalmente do desastre. Os novos diques concebidos para evitar a repetição da tragédia, por exemplo, ainda não terminaram de ser construídos.
Obama também renovou ;o compromisso da nação; com uma região que recentemente foi afetada pelo pior vazamento de petróleo da história, depois da explosão da plataforma Deepwater Horizon, da British Petroleum. A Casa Branca informou que o governo concedeu subsídios para fortalecer os sistemas de saúde e de Justiça de Nova Orleans, além de promover programas para melhorar o manejo de situações de emergência e reconstruir 350km de diques.
;Seguimos de pé e jamais, absolutamente jamais, abandonaremos a reconstrução. Se não pudermos reconstruir o Lower Nine (bairro pobre da cidade, com 99% da população negra), então não poderemos reconstruir o país;, afirmou o prefeito da cidade, Mitch Landrieu.
No Paquistão, a tragédia se agrava
Novas enchentes no sul do Paquistão levaram à retirada de quase 1 milhão de pessoas nas últimas 48 horas, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), informou ontem a BBC. Segundo a rede britânica, na província de Sindh, a mais atingida, 70% dos 300 mil moradores da cidade de Thatta tiveram que abandonar suas casas depois que o Rio Indus transbordou. ;O número de afetados e daqueles que precisam de assistência da ONU deve continuar subindo. As enchentes parecem determinadas a superar nossos esforços. Cerca de um mês depois do início das inundações, ainda não sabemos quando veremos o fim, pois o desastre ainda está acontecendo;, afirmou Maurizio Giuliano, um porta-voz do Escritório para a Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (Ocha, na sigla em inglês) em Islamabad.