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China e Coreia do Norte defendem reinício das negociações nucleares

Agência France-Presse
postado em 30/08/2010 12:50
O presidente chinês Hu Jintao se reuniu com o líder norte-coreano Kim Jong-Il durante uma visita deste a China, na qual os dois defenderam a retomada das negociações sobre o fim do programa nuclear do regime comunista de Pyongyang, informou a imprensa chinesa.

A China confirmou assim oficialmente a visita de Kim, de 26 de agosto até esta segunda-feira, que teve como pano de fundo as persistentes tensões na península coreana.

Durante o encontro na sexta-feira passada na cidade de Changchun (nordeste da China) com Jintao, o líder norte-coreano expressou a vontade de retomar o mais rápido possível as conversações multilaterais, que a Coreia do Norte abandonou em abril de 2009, informou o canal estatal chinês CCTV.

As conversações iniciadas em 2003 incluem as duas Coreias, a China (um dos raros aliados de Pyongyang), Japão, Rússia e Estados Unidos.

A meta é convencer o regime comunista - que fez um teste nuclear em 2006 - a renunciar às ambições atômicas em troca de uma ajuda energética.

Kim Jong-Il aparece nas imagens mais magro, mas concentrado.

O líder norte-coreano declarou ao presidente chinês que a Coreia do Norte "não deseja tensões na península coreana", segundo a agência oficial Xinhua (Nova China).

"A China respeita e apoia os esforços da Coreia do Norte a favor de uma distensão na península coreana", declarou Hu Jintao, segundo a CCTV.

[SAIBAMAIS]As tensões persistem entre Coreia do Norte e Coreia do Sul após o ataque do fim de março contra um navio de guerra sul-coreano (46 mortos), atribuído por Seul ao regime comunista de Pyongyang.

De acordo com o canal estatal chinês, Hu Jintao também pediu a Kim Jong-Il a modernização da Coreia do Norte.

"A China está disposta a trabalhas a favor do crescimento do comércio e da cooperação econômica entre os dois países, e neste empenho as empresas devem ter um papel destacado", declarou o presidente chinês.

Hu Jintao destacou ainda a importância de uma comunicação "estratégica" entre os aliados.

Na segunda viagem neste ano a China, Kim Jong-Il, 68 anos, e com a saúde em estado delicado, teria apresentado aos dirigentes chineses seu filho mais novo, Kim Jong-Un, considerado pelos analistas o provável sucessor no comando do país, mas a informação não foi confirmada pela imprensa chinesa.

O nome do jovem Kim não foi citado na lista dos membros da delegação norte-coreana que se reuniu com Hu Jintao.

Kim Jong-Il, que viajou em um trem especial a China, como é frequente, retornou a seu país nesta segunda-feira, segundo a agência sul-coreana Yonhap.

Como já é tradicional, apenas no momento em que Kim Jong-Il deixaba seu território, a China confirmou a visita.

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