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Sobrevivente da chacina no México deve deixar país e seguir para o Equador

postado em 30/08/2010 14:01
Brasília ; Testemunha-chave do massacre de 72 imigrantes na fronteira entre o México e os Estados Unidos, o equatoriano Freddy Pomavilla Lala deve deixar o território mexicano e retornar para seu país, segundo autoridades que acompanham o caso. O governo do presidente do Equador, Rafael Correa, apelou para que a sociedade e a imprensa cooperem no relato do crime.

As informações são da Chancelaria do Equador. O governo equatoriano informou ainda que o sobrevivente da chacina se recupera bem e que está em curso o trabalho de identificação dos corpos. Até ontem (29), 31 foram identificados, dos quais um era de um brasileiro, Juliard Aires Fernandes, de 20 anos.

Os documentos do brasileiro Hermínio Cardoso dos Santos, de 24 anos, foram encontrados na fazenda em Reynosa, onde ocorreu o massacre, mas, segundo o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, o corpo dele ainda não foi identificado. O crime ocorreu há cerca de uma semana na cidade de San Fernando, em Tamaulipas, no México.

Em nota divulgada pela Secretaria Nacional de Relações Exteriores, o equivalente ao Ministério das Relações Exteriores no Brasil, o governo informa que é necessário redobrar a atenção ao se referir sobre o massacre, porque as questões de seguranças estão em discussão.

;A complexidade e a sensibilidade do assunto estão relacionadas à segurança dos compatriotas e das famílias, o que conduz essa secretaria a buscar sabedoria e discernimento na publicação de imagens, nomes, lugares e ações em torno deste caso;, diz o comunicado.

Freddy Pomavilla foi atingido por tiros. Ele disse que se fingiu de morto para tentar sobreviver à chacina. Mesmo ferido, o equatoriano caminhou até localizar policiais e informar sobre o crime. O sobrevivente disse que tentava deixar o México em direção aos Estados Unidos e que as 72 pessoas foram mortas porque se recusaram a trabalhar para o crime organizado.

O governo equatoriano apela ainda que parentes de suspeitos de estar na região onde ocorreu o massacre procurem a área de migração da Secretaria Nacional de Relações Exteriores. Mas reitera à imprensa para que deve redobre os cuidados na divulgação de informações e imagens sobre o episódio. ;Divulgar informações informalmente pode causar distorção e confusão na opinião pública;, diz o comunicado.

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