Agência France-Presse
postado em 31/08/2010 15:41
Londres - As "contribuições" financeiras solicitadas aos fiéis para as missas pronunciadas pelo Papa Bento XVI durante visita ao Reino Unido "não vão arrefecer o entusiasmo" dos fiéis, afirmou nesta terça-feira (31/8) o arcebispo Vincent Nichols, da Igreja católica local."Estou persuadido de que as multidões serão numerosas" durante a visita papal de 16 a 19 de setembro, declarou Monsenhor Nichols, chefe da Igreja Católica da Inglaterra e do País de Gales.
O arcebispo desmentiu mais uma vez que as "contribuições" pedidas aos fiéis que queiram assistir às missas celebradas pelo Papa sejam comparadas a um bilhete pago de entrada. Até 25 libras (30 euros) serão pedidos pela celebração ao ar livre em 19 de setembro em Birmingham, centro da Inglaterra. Em Glasgow, na Escócia, serão 20 libras (24 euros) para a missa de 16 de setembro; em Londres, em 18 de setembro, serão cobradas 5 libras (6 euros).
O custo da visita papal, num país com 10% de católicos, ainda é motivo de polêmica no Reino Unido. O governo entrará com "10 a 12 milhões de libras" (12 a 14 milhões de euros) para cobrir gastos, precisou Chris Patten, representante do primeiro-ministro David Cameron.
A parte financiada pela Igreja católica se elevará a cerca de 9 a 10 milhões de libras" (11 a 12 milhões de euros), informou Monsenhor Nichols, precisando que 6 milhões de libras (7 milhões de euros) foram levantadas durante um apelo.
Monsenhor Nichols também minimizou as manifestações anunciadas. "Cada visita papal é precedida por um período de intensas críticas da Igreja católica... mas, a cada vez, o ambiente muda na hora H e as pessoas demonstram entusiasmo", declarou.
A visita de Estado de Bento XVI será a primeira de um papa ao Reino Unido desde que o rei Henrique VIII rompeu com Roma e o catolicismo em 1534, estabelecendo a Igreja anglicana. João Paulo II esteve no país em 1982, mas se tratava de uma visita pastoral (não de Estado).