Agência France-Presse
postado em 02/09/2010 17:09
Helsinque - As "mais antigas cervejas do mundo" foram descobertas nesta quinta-feira (2/9) em meio aos destroços de um navio no Mar Báltico, alguns dias depois do início das operações para a retirada do mesmo local de garrafas de champanhe de 200 anos, anunciaram as autoridades."Acreditamos que são de longe as mais antigas garrafas de cerveja do mundo", declarou Rainer Juslin, um porta-voz do governo local de Aaland, uma província semiautônoma da Finlândia.
As garrafas de cerveja, intactas, foram retiradas dos destroços de um navio que está a 50m de profundidade, talvez há mais de 200 anos.
Os mergulhadores se depararam com o carregamento no momento em que participavam de uma operação no local para retirar 70 garrafas de champanhe, descobertas em julho. O champanhe está sendo considerado o mais antigo ainda em condições de ser bebido do mundo.
A cerveja estava no navio não identificado que as autoridades de Aaland acreditam que tenha naufragado no início dos anos 1800.
A origem do navio e a data exata do naufrágio não foram determinadas pelos especialistas.
"A temperatura constante e a (baixa) luminosidade forneceram as condições ideais para a conservação, e a pressão presente nas garrafas (de cerveja) permitiu evitar que a água do mar entrasse pela rolha", indicou o comunicado divulgado nesta quinta-feira.
Em relação ao champanhe, a hipótese de que fosse da casa Veuve Clicquot, uma das mais conhecidas do mundo, foi mencionada em julho, pois as rolhas ainda traziam o desenho de uma âncora, exclusivamente utilizado por essa produtora.
Mas depois de ter provado um pouco do champanhe, um representante da marca considerou no início de agosto que pertencia à casa Juglar, que já não existe mais.
As garrafas de champanhe podem valer dezenas de milhares de euros cada uma.
O carregamento do navio pertence legalmente às autoridades das ilhas de Aaland. Este arquipélago de língua sueca pertence à Finlândia, mas tem um governo local autônomo.