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Diplomata chinês pede desculpas por ter criticado Ban bêbado

Agência France-Presse
postado em 13/09/2010 16:59
Nova York - O principal diplomata chinês na ONU pediu desculpas pessoalmente ao secretário-geral Ban Ki-moon por tê-lo criticado depois de ter bebido além da conta em um retiro para altos funcionários da organização, confirmou Ban nesta segunda-feira (13/9).

Sha Zukang é subsecretário-geral para Assuntos Sociais e Econômicos da ONU e ficará a cargo da organização da conferência global sobre desenvolvimento sustentável do Rio de Janeiro em 2012.

Durante um jantar de diplomatas, Sha disse a Ban: "O senhor nunca gostou de mim, senhor secretário-geral; muito bem, eu nunca gostei do senhor também".

Sha também disse durante o jantar, realizado em um balneário da Áustria, que não gostava dos americanos e que não queria se mudar para Nova York, segundo diplomatas e funcionários da ONU.

O diplomata chinês tem um histórico de comentários fora de propósito e os diplomatas presentes no jantar no balneário austríaco confirmaram que ele tinha bebido antes do discurso.

"Pediu desculpas pessoalmente, pouco antes do último dia, no começo da manhã. Lamentou que o comportamento não fosse apropriado para um alto funcionário", indicou Ban em uma entrevista coletiva à imprensa. "Ele está consciente de que o comportamento afligiu a todos nós".

Um porta-voz da ONU, Farhan Haq, disse que Sha "acreditava que as recentes críticas do secretário-geral tinham sido injustas e queria esclarecer a situação".

"No entanto, Sha disse que o secretário-geral tinha se dado conta de que a forma como falou, depois de alguns goles, era inapropriada, porque passou do limite. Também está consciente de que os comentários afligiram e irritaram outros altos funcionários".

Outros líderes da ONU no jantar tentaram interromper o discurso. Alguns disseram que acreditavam que estava tentando fazer uma homenagem que terminou muito mal.

Em 2006, ao ser consultado pelas críticas dos Estados Unidos ao crescente poderio militar chinês, disse em uma entrevista à BBC: "Seria muito melhor se os Estados Unidos calassem a boca. Que fiquem calados".

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