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Dissidentes cubanos pedem que UE mantenha Posição Comum

Agência France-Presse
postado em 13/09/2010 17:04
Bruxelas - Vários dissidentes cubanos recém-libertados pediram nesta segunda-feira (13/9) que a UE mantenha a Posição Comum em relação a Havana, uma decisão adiada pelos 27, divididos sobre como proceder com o governo cubano frente à insistência da Espanha em abrir uma nova etapa com a ilha.

A Posição Comum "não pode ser retirada até que haja verdadeiros gestos" do governo cubano, junto com a "libertação de todos os prisioneiros" políticos, disse Antonio Díaz, ao lado de outros três dissidentes cubanos em um ato organizado pelo Partido Popular Europeu (direita) na sede da Eurocâmara, em Bruxelas.

"Não houve nenhum tipo de mudança para a liberdade e para a democracia" em Cuba e a "única coisa que ajuda é manter" esse documento, que condiciona as relações da União Europeia (UE) com Havana a progressos em matéria de Direitos Humanos, acrescentou Díaz.

Os quatro dissidentes fazem parte do grupo de trinta presos que foram libertados desde julho e foram viver depois na Espanha, como parte do inédito acordo alcançado entre Havana e a Igreja Católica cubana para a libertação de um total de 52 presos políticos.

O pedido dos ex-prisioneiros, que se reunirão com o presidente do Parlamento Europeu, Jerzy Buzek, amanhã coincide com o adiamento "por motivos de agenda" da revisão anual da Posição Comum, que inicialmente estava prevista para esta segunda-feira, durante uma reunião de ministros europeus das Relações Exteriores em Bruxelas.

Por enquanto, ainda não se sabe se a questão será abordada na próxima reunião ministerial, em 25 de outubro, em Luxemburgo.

O governo socialista espanhol e, principalmente, o ministro de Assuntos Exteriores, Miguel Angel Moratinos, defende que a Posição Comum deve ser substituída por um acordo bilateral com Cuba, como melhor forma de promover as mudanças para a democracia na ilha.

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