Agência France-Presse
postado em 15/09/2010 20:34
Miami - A tempestade Karl chegou nesta quarta-feira (15/9) à península mexicana de Yucatán com fortes chuvas, enquanto os furacões Igor e Julia avançavam pelo Atlântico, com ventos superiores aos 200km/h, sem representar uma ameaça imediata, segundo meteorologistas.Karl entrou pela manhã em Yucatán e às 18h de Brasília (21h GMT) se deslocava pelo território com ventos de 75km/h e fortes chuvas que podem provocar inundações de até 20cm em algumas áreas da região, e em Belize e Guatemala, informou o Centro Nacional de Furacões (CNF), dos Estados Unidos.
"Espera-se que Karl perca força enquanto cruza pela península de Yucatán e depois que se reintensifique na quinta ou na sexta-feira quando chegar à Baía de Campeche", informou o CNF, com sede em Miami.
Jaime Albarrán, analista do Serviço Meteorológico Nacional do México, afirmou à AFP que a tempestade tropical ameaça atingir, ainda esta quarta-feira, a região costeira de Campeche, ainda na península de Yucatán, e "põe em risco as instalações da estatal Petróleos Mexicanos, porque a passagem do sistema será muito próximo".
Enquanto isso, os furacões Igor, de categoria 4 na escala Saffir Simpson que mede a força dos ventos (com máximo de 5), e Julia, ciclone de categoria 3, ainda estavam distantes das áreas povoadas.
Às 18h de Brasília (21h GMT), o olho do Igor encontrava-se 815km a leste-nordeste das Antilhas Menores do norte e 1015km a sudeste das Bermudas. O ciclone se deslocava na direção oeste-noroeste com ventos máximos de 215km/h.
Segundo o CNF, não foram emitidos alertas para a passagem do Igor.
As ondulações e as cheias generalizadas provocadas pela passagem do furacão atingirão esta quarta e quinta-feira as ilhas Virgens e Porto Rico, e as Bahamas no fim de semana, quando marés altas chegarão à costa leste dos Estados Unidos, acrescentou o CNF.
Mais distante do continente, o furacão Julia perdeu força nas últimas horas e passou da categoria 4 para a 3 na escala Saffir-Simpson.
Às 18h de Brasília (21h GMT), Julia avançava pelo leste do Atlântico e seu centro encontrava-se 1070km a oeste das ilhas de Cabo Verde. Seus ventos máximos chegavam a 205km/h e o furacão se deslocava para o noroeste a 28km/h.
A temporada de furacões no Atlântico dura seis meses, de junho a novembro, alcançando o pico de atividade nos meses de setembro e outubro.