Agência France-Presse
postado em 17/09/2010 07:24
Os filhos da iraniana Sakineh Mohammadi-Ashtiani, condenada à execução por apedrejamento por uma acusação de adultério, Sajjad e Saeideh Ghaderzadeh, fazem nesta sexta-feira (17/9) no jornal francês Le Figaro um apelo a favor da mãe, após a exibição de uma entrevista pela televisão no Irã."Quantas entrevistas falsas acontecerão? Por quê e quantas entrevistas, e qual é a razão? Porque não nos permiten estar ao lado de nossa mãe durante a entrevista?", questionam ambos.
Eles afirmam que desejam saber o objetivo das entrevistas falsas e questionam se as autoridades de Teerã pretendem jogar os simpatizantes do governo contra a família.
[SAIBAMAIS]Na quarta-feira, uma emissora iraniana exibiu a entrevista de uma mulher apresentada como Sakineh Mohammadi-Ashtiani, que negou ter sido agredida ou torturada na prisão.
A mulher, que tinha a cabeça coberta por um xador, negou ter sido agredida depois da publicação, em 28 de agosto, de uma foto pelo jornal britânico The Times de uma mulher sem véu que seria Sakineh.
A foto era falsa e o jornal pediu desculpas.
Sakineh Mohammadi-Ashtiani, 43 anos, foi condenada em 2006 a 10 anos de prisão pelo suposto envolvimento no assassinato do marido, ao lado de um amante, e ao apedrejamento até a morte por acusações de adultério.
A "suspensão" da pena de morte foi anunciada oficialmente em 9 de julho pela justiça iraniana e, desde então, reafirmada com frequência por várias autoridades do país, em resposta a várias iniciativas diplomáticas realizadas para obter clemência.