postado em 17/09/2010 14:12
Brasília ; O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, elogiou, em mensagem enviada ao ministro dos Negócios Estrangeiros do Irã, Manouchehr Mottaki, a libertação da norte-americana Sarah Shourd, de 31 anos. Amorim disse compreender os trâmites da Justiça iraniana e agracedeu as autoridades por terem ouvido as ponderações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o caso.Libertada na última terça-feira (14/9) em Teerã, Shourd ficou 14 meses presa, acusada de espionagem.
;Saúdo Vossa Excelência pela notícia da libertação da cidadã norte-americana Sarah Shourd, no dia 14 de setembro. Compreendo que a solução para o caso diz respeito a procedimentos internos da Justiça iraniana. Quero deixar registrado, de qualquer forma, meu apreço pela consideração que o presidente Ahmadinejad e Vossa Excelência dedicaram às ponderações feitas pelo presidente Lula sobre o tema, por ocasião da visita a Teerã em maio último;, diz o telegrama enviado ao iraniano.
A norte-americana foi libertada depois do pagamento de US$ 500 mil, segundo exigências do Ministério Público do Irã, que cobrou fiança para Shourd deixar a prisão. Porém, outros dois norte-americanos que estavam com Shourd no momento da prisão permanecem detidos. Segundo diplomatas estrangeiros, a jovem foi libertada porque está com problemas de saúde.
Em julho de 2009, Shourd, o namorado dela, Shane Michael Bauer, e o amigo Joshua Fattal Felix, ambos com 27 anos, foram presos por autoridades iranianas. A prisão ocorreu quando o grupo tentava passar pela fronteira do Irã com o Iraque. Segundo os iranianos, eles tentavam cruzar ilegalmente a região fronteiriça de montanhas e foram acusados de espionagem.
Os norte-americanos negaram as acusações, mas foram mantidos presos. Houve reações nos Estados Unidos e apelos das famílias. Mas Bauer e Fattal permanecerão presos, segundo as autoridades iranianas. Para o governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, o grupo deve ser julgado por espionagem. Não há sinalização de que eles respondam em liberdade às acusações.