postado em 22/09/2010 14:36
Brasília ; Depois de oito meses do pior terremoto da sua história, o Haiti recupera lentamente a produção de alimentos no país. A conclusão é das agências responsáveis pelo setor na Organização das Nações Unidas (ONU). No entanto, os esforços, afirmam os especialistas, devem ser intensificados pois ainda há dificuldades para o cultivo de alimentos e o acesso à alimentação. A qualidade da produção no país também precisa avançar.Desde o terremoto de 12 de janeiro de 2010, que atingiu 7 graus na escala Richter, destruindo parte do Haiti, o país recebeu apoio financeiro destinado a vários setores. Cerca de 220 mil pessoas morreram em consequência dos tremores de terra, milhares ficaram desabrigados. Prédios públicos e privados desapareceram sob os escombros.
;Há ainda muito trabalho a fazer para melhorar a segurança alimentar no país", disse a diretora do Programa Alimentar Mundial (PAM), uma das agências da ONU. "Os resultados positivos (constatados pelas Nações Unidas) confirmam que estamos no caminho certo para permitir aos haitianos um melhor acesso aos alimentos nutritivos."
De acordo com agência de notícias das Nações Unidas, uma análise feita no período de 16 de junho a 17 de julho deste ano, mostra um aumento de 17% na produção de feijão e 15% na cultura de arroz, além da melhoria no abastecimento de água no país. Mas foi registrada queda de 4% a 5% nas colheitas de milho e sorgo. A estimativa é que a importação total de alimentos para o Haiti em 2010/11 chegue a cerca de 711 mil toneladas.
As avaliações foram feitas por técnicos do Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e do Programa Alimentar Mundial (PAM). "O impacto (do terremoto sobre os) níveis de produção de alimentos poderia ter sido muito pior", afirmou o economista da FAO Mario Zappacosta. "O fornecimento de apoio e assistência, com insumos agrícolas, têm ajudado os agricultores afetados;, disse.
De acordo com as Nações Unidas, há projetos de apoio para a distribuição de insumos agrícolas a 72 mil famílias de agricultores nas áreas mais afetadas pelo terremoto de 12 de janeiro de 2010. Também há distribuição de ferramentas, fertilizantes, bombas de água e sementes de alta qualidade.