Agência France-Presse
postado em 23/09/2010 17:39
Jerusalém - Os representantes dos colonos israelenses da Cisjordânia criticaram nesta quinta-feira (23/9) o chamado do presidente americano, Barack Obama, ao término da colonização judaica, lançado durante um discurso na ONU que um alto funcionário israelense qualificou de "equilibrado".O "Conselho de Localidades Judaicas de Judeia-Samaria", principal organismo representativo de 300 mil colonos judeus, acusou Obama de "ter cedido às ameaças dos palestinos de abandonar a mesa de negociação caso não atendessem as condições" sobre o prolongamento da moratória para a construção dos assentamentos nesse território palestino ocupado, que termina no fim do mês.
"Se o presidente Obama quer jogar aos intermediários, deve fazer o (presidente palestino Mahmoud) Abbas e os colegas entenderem que as ameaças, a chantagem e as condições são inaceitáveis", disse o presidente do conselho de colonos, Danny Dayan, em comunicado.
Por outro lado, um alto funcionário israelense, citado pela rádio pública, julgou o discurso de Obama como "equilibrado", afirmando que o presidente americano não assumiu como próprias as exigências palestinas apesar de ter reafirmado ser a favor de um congelamento da colonização.
Obama lembrou na quinta-feira na sede da ONU em Nova York a posição dos Estados Unidos. "Pensamos que a moratória deverá prolongar-se", afirmou.