postado em 24/09/2010 11:17
Brasília ; Em ritmo de campanha eleitoral, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, intensificou nos últimos dias as viagens por todo país. Chávez quer garantir maioria das 165 cadeiras da Assembleia Nacional venezuelana, além das 12 vagas para o Parlamento Latino-Americano. O resultado das eleições, no próximo domingo (26/9), é imprevisível, segundo especialistas que acompanham o processo venezuelano.Cerca de 17,7 milhões de eleitores irão às urnas. Eles escolherão os deputados que cumprirão mandato no período de 2011 a 2016. Na tentativa de garantir a ordem e o controle de eventuais casos de violência, a Justiça Eleitoral disponibilizou 321 cartórios para comandarem o processo.
As informações são da agência oficial de notícias da Venezuela, a ABN, da rede estatal de televisão, a VTV, e da BBC Brasil.
As eleições venezuelanas ocorrem no momento em que a economia do país passa por dificuldades. Recentemente houve apagões de energia em várias cidades da Venezuela, obrigando o governo a estabelecer medidas públicas de contenção. Também há carência de vários produtos nas prateleiras dos mercados.
Nesta quarta-feira (22/9), às vésperas das eleições, Chávez lançou um programa que facilita a compra de eletrodomésticos. O programa, denominado Minha Casa Bem Equipada, autoriza crédito de até 36 meses para a compra de geladeira, fogão, micro-ondas, ar-condicionado e máquina de lavar roupa. Os preços dos produtos chineses, definidos pelas autoridades, são inferiores aos fixados para as mercadorias da Venezuela e de outros países.
A compra ainda é limitada e burocrática. Quem tiver dinheiro e quiser comprar os produtos à vista, no entanto, não pode. A única opção de compra é no crediário, com juros de 16%, inferiores à inflação anual de 30% e à média da taxa de juros cobrada pelos bancos venezuelanos, que gira entre 19% e 27%.
Depois das eleições, o governo prometeu colocar em circulação o cartão de crédito Bom Viver, que poderá ser utilizado para financiar eletrodomésticos e alimentos nas redes de mercados populares subsidiados pelo governo.