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Grupo de militares toma aeroporto de Quito em protesto contra o governo

Agência France-Presse
postado em 30/09/2010 13:48
Cerca de 150 membros da Força Aérea Equatoriana (FAE) tomaram nesta quinta-feira o aeroporto internacional de Quito para protestar contra uma lei do governo que limitou os benefícios a militares e policiais, e por isso foram suspensas as operações aéreas, informou um porta-voz do terminal.

"Cerca de 150 efetivos da Força Aérea Equatoriana tomaram a pista do aeroporto Marechal Sucre e também a rua na entrada", afirmou à rádio Quito o porta-voz da empresa administradora Quiport, Luis Galárraga.

O funcionário acrescentou que o pessoal está formado em ambas as pistas e que, por motivos de segurança, é impossível dar prosseguimento às operações.

O presidente Rafael Correa já havia advertido nesta quinta que não cederá ante os protestos da polícia, que rejeita a lei aprovada pelo Congresso eliminando benefícios aos membros dessa instituição e das Forças Armadas.

"Não darei nenhum passo atrás. Se quiserem, tomem os quarteis, se quiserem deixar a cidadania indefesa e se quiserem trair sua missão de policiais", afirmou Correa em uma acalorado discurso ante dezenas de militares que tomaram o principal regimento de Quito.

"Se quiserem matar o presidente, aqui estou, matem-no se tiverem vontade, matem-no se tiverem poder, matem-no se tiverem coragem ao invés de fiar covardemente escondido na multidão", afirmou ainda.

"Se quiserem destruir a pátria, aí está! Mas o presidente não dará nem um passo atrás".

Os agentes também protestam em outros quarteis de Guayaquil (sudoeste) e Cuenca (sul), segundo informes policiais, mas a manifestação mais numerosa acontece na capital, onde ocorreram distúrbios.

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