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Washington nega ter oferecido incentivos para Israel prolongar moratória

Agência France-Presse
postado em 30/09/2010 15:49
Washington - A Casa Branca desmentiu nesta quinta-feira (30/9) que o presidente americano Barack Obama tenha oferecido ao primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu incentivos para prolongar a moratória da colonização na Cisjordânia, como indica um artigo publicado na internet.

Esse artigo, publicado on-line por um especialista ligado a Dennis Ross, membro da equipe de Obama, afirma que o presidente americano fez propostas a Netanyahu para incitar Israel a prolongar por dois meses a moratória das construções nos territórios ocupados que expirou no domingo.

Os palestinos tinham advertido que deixariam as negociações de paz se a moratória não fosse prolongada. Essa decisão foi adiada para a reunião com os representantes da Liga Árabe, que deve ser realizada em de outubro.

"Nenhuma carta foi enviada ao primeiro-ministro Netanyahu. Não faremos comentário algum sobre questões diplomáticas delicadas", declarou Tom Vietor, porta-voz da Casa Branca, no momento em que os Estados Unidos intensificam os esforços para manter vivas as negociações.

David Makovsky, da organização Institute for Near East Policy, com sede em Washington, escreve no artigo que a versão não definitiva de uma carta americana tinha recebido a aprovação do ministro da Defesa israelense Ehud Barak e do chefe dos negociadores israelenses, Yitzhak Molcho.

Makovsky escreveu que a carta foi finalmente enviada pelo gabinete de Obama a Netanyahu oferecendo garantias para a paz e para questões de segurança e liberações de armas se Israel chegasse a um acordo de paz com os palestinos.

David Makovsky acaba de escrever um livro sobre o Oriente Médio com Dennis Ross, um conselheiro de Obama, intitulado "Myths, Religion and Peace" ("Mitos, Religião e Paz").

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