Agência France-Presse
postado em 30/09/2010 20:23
Quito - O comandante da polícia do Equador, general Freddy Martínez, negou que o presidente Rafael Correa tenha sido sequestrado por membros dessa instituição que se rebelaram contra o governo por conta da aprovação de uma lei de corte de benefícios."Não, não está sequestrado", respondeu o oficial à AFP, ao ser consultado se o presidente socialista permanecia sequestrado no hospital policial.
Correa denunciou uma tentativa de golpe de Estado contra ele, e disse que sua vida corria perigo, ao falar do hospital policial de Quito, onde se refugiou depois de ter sido agredido com bombas de gás lacrimogêneo pelos oficiais amotinados.
O vice-presidente Lenín Moreno tinha afirmado anteriormente que Correa era vítima de uma tentativa de sequestro nesse centro médico, onde nesta quinta-feira se reunia com representantes dos policiais rebeldes.
"Um grupo de descontentes tentou sequestrar o presidente da República", disse Moreno à emissora equatoriana do porto de Guayaquil (sudoeste), onde esperava voar a Quito quando a situação nos aeroportos fosse normalizada.
O presidente venezuelano Hugo Chávez, afirmou em Caracas que tinha falado com Correa cerca de quatro vezes e que este lhe informou que estava "sequestrado" no hospital da polícia, acompanhado por um reduzido grupo de colaboradores, e que temia por sua vida.
Mas o general Martínez, que se mantém leal ao governo, assegurou que a segurança do chefe de Estado "está garantida" nessa clínica, onde recebe atenção médica.
"Temos que protegê-lo. O presidente está no hospital, está sendo atendido pelos médicos do hospital, sei que seu estado é normal", afirmou o oficial, que na manhã tentou abafar o protesto, mas não foi escutado pelos subordinados.