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Político libanês critica visita de Ahmadinejad à fronteira com Israel

Agência France-Presse
postado em 01/10/2010 10:45

BEIRUTE - A viagem do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad ao Líbano dentro de duas semanas, que incluirá uma visita à fronteira com Israel, é considerada uma "provocação" e passa a mensagem de que o Líbano é uma "base iraniana" perto do Estado hebreu, criticou um político libanês.

Ahmadinejad visitará o Líbano nos dias 13 e 14 de outubro e terá reuniões com o presidente Michel Sleiman, o primeiro-ministro Saad Hariri e o presidente do Parlamento Nabih Berri.

Também terá um encontro com Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah, o poderoso partido xiita aliado do Irã e que, segundo Washington, está armado por Teerã para lutar contra Israel.

Ahmadinejad também prevê uma viagem ao sul do país, onde fica a fronteira com Israel, mas a visita não foi confirmada pelas autoridades iranianas.

"É uma provocação, não deve ir", criticou Fares Suaid, coordenador geral da coalizão "14 de Março", que tem maioria no Parlamento e ligada ao premier Saad Hariri.

"É uma mensagem para dizer que o Irã está na fronteira com Israel". "Com esta visita, quer dizer que Beirute é uma zona sob influência iraniana, que o Líbano é uma base iraniana no Mediterrâneo", insistiu.

Uma fonte do Hezbollah que pediu anonimato afirmou à AFP que a visita ao sul do país incluiria Cana, vilarejo que foi atacado por Israel em 1996 e 2006, e Bint Jbeil (a 5 km da fronteira), onde aconteceram violentos confrontos entre soldados israelenses e combatentes do Hezbollah em 2006.

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