Agência France-Presse
postado em 02/10/2010 09:14
O presidente do Equador, Rafael Correa, denunciou na sexta-feira (1;) à noite que os policiais rebelados buscaram assassiná-lo na tentativa frustrada de golpe de Estado, e responsabilizou ex-chefe de Estado Lucio Gutiérrez. "Falhou a estratégia de desestabilizar o governo e então o plano B era assassinar o presidente", disse Correa em entrevista à TV pública.Como prova da tentativa, o presidente afirmou que um policial leal ao governo morreu ao ser atingido por um tiro que teria Correa como alvo, pouco depois do resgates de um hospital onde permaneceu retido por 12 horas na quinta-feira.
"Um dos policiais que caiu, um sargento, era um dos que estavam me escoltando, a bala era para mim", delcarou Correa, que também disse que o veículo blindado em que foi transportado foi atingido por cinco tiros.
"Apontaram contra o presidente para assassiná-lo, no rádio (dos policiais) diziam ;matem o presidente;", completou Correa, que atribuiu o ataque a ataque a Gutiérrez, um coronel da reserva do Exército que foi deposto da presidência em 2005.
Correa exibiu imagens de um advogado e um político que seriam ligados ao ex-presidente e que supostamente coordenaram a rebelião dos policiais, motivada por uma lei que limita seus benefícicos financeiros.
Segundo o presidente, a estratégia dos golpistas era criar uma comoção que exacerbaria a violência e justificaria sua queda. "Pensavam: 300 mortos nas ruas, perde o controle do governo e é colocado para fora, esta era a tática", declarou, antes de afirmar que o golpe falhou porque não foi apoiado pelas Forças Armadas.