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Venezuela reafirma ante a Espanha não ter vínculos com ETA

Agência France-Presse
postado em 04/10/2010 19:04
Caracas - A Venezuela reafirmou nesta segunda-feira (4/10) ante a Espanha, que não tem vínculos com grupos irregulares, nem apoia o terrorismo, em resposta a declarações de dois supostos membros do grupo separatista armado basco ETA que asseguram ter sido treinados no país sul-americano.

[SAIBAMAIS]"O governo venezuelano não está vinculado de forma alguma com nenhuma organização terrorista, especialmente com o grupo basco Euskadi Ta Askatasuna (ETA)", declarou o embaixador da Venezuela na Espanha Isaías Rodríguez, citado em nota de imprensa, divulgada pela chancelaria, em Caracas. "Ratificamos nossa mais enérgica condenação ao terrorismo em todas as suas formas e manifestações", insistiu o diplomata.

Os dois supostos terroristas do ETA, Juan Carlos Besance Zugasti e Xavier Atristain Gorosabel, detidos na semana passada na Espanha, indicaram em interrogatório, perante a Guarda Civil, que fizeram "cursos de formação" em julho e agosto de 2008 na Venezuela, segundo um auto judicial divulgado esta segunda-feira.

Os ativistas foram mandados para a prisão nesta segunda enquanto o governo espanhol pediu informações adicionais a Caracas no âmbito da colaboração antiterrorista.

Rodríguez disse que o compromisso do país "é cooperar a todo momento com o governo espanhol, contra este ou qualquer bando terrorista que ponha em risco a paz ou a vida de qualquer cidadão".

O diplomata disse ainda, segundo a nota de imprensa, que as declarações desses dois supostos membros do ETA não podem ter "credibilidade" e poderiam ser "desconsideradas" por um juiz.

A Justiça espanhola suspeita há meses que a Venezuela serve de esconderijo para membros do ETA.

Em março deste ano, um juiz espanhol determinou a detenção de 12 supostos integrantes do grupo armado basco e da guerrilha colombiana das Farc por suposta colaboração e tentativa de assassinato, na Espanha, de personalidades colombianas.

A Justiça destacou ainda que a colaboração entre as duas organizações contou com a "cooperação governamental" venezuelana. O governo venezuelano do presidente Hugo Chávez tem negado qualquer cooperação com essa organização.

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