WASHINGTON - A Casa Branca se lançou em uma ampla ofensiva eleitoral, com a intenção de lutar contra os prognósticos e impedir que as legislativas de 2 de novembro entravem as ambições reformistas do presidente Barack Obama.
A duas semanas da renovação parcial do Congresso, o casal Obama e o vice-presidente Joe Biden percorrem o país em busca de um novo voto de confiança para o Partido Democrata, que poderia perder a maioria na Câmara de Representantes.
Os trabalhos estão divididos: o chefe de Estado se ocupa de atacar a estratégia de "obstrução" dos republicanos, aos quais acusa de controlar suas reformas no Congresso; cabe a Biden evitar que a classe média americana se filie ao "Tea Party", novo grupo conservador republicano em crescimento; e a Michelle Obama tem a incumbência de assumir os discursos compassivos e os pedidos de paciência.
O casal Obama se reunia este domingo em Ohio (norte), onde pela primeira vez desde 2008 fará campanha em dupla.
A ofensiva eleitoral, que levará o presidente a pelo menos nove estados em 11 dias, inclui três da costa oeste, com escalas sucessivas em Oregon, Washington, Califórnia e Nevada.
No caminho de volta para a capital, Obama parará no próximo sábado em Mineápolis (Minnesota, norte) e na segunda-feira seguinte em Rhode Island (nordeste) para participar de um comício de arrecadação de fundos para o Partido Democrata.
Na sexta-feira, Obama apareceu ao lado de Biden em Delaware (leste) para defender a cadeira que este último ocupou durante 36 anos no Senado, e cuja sucessão é disputada por uma candidata do "Tea Party" de alto perfil e em crescimento, a novata Christine O;Donnell.
O Partido Democrata dispõe atualmente de 59 das 100 cadeiras no Senado. Os republicanos precisam conquistar 10 cadeiras se quiserem obter a maioria na Câmara alta, necessária para validar as orientações políticas de qualquer governo.
Na Câmara de Representantes, os republicanos precisam de 39 cadeiras para tirar a maioria dos democratas.
Em 2 de novembro, os americanos renovam a Câmara de Representantes em sua totalidade, um terço do Senado e 37 dos 50 governadores.