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Mais de 25% dos postos franceses estão sem combustível

PARIS - Mais de 25% dos postos de gasolina da França estão totalmente desabastecidos e grande parte dos demais conta apenas com um estoque parcial. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (21/10) pelo ministro francês do Interior, Brice Hortefeux. As 12 refinarias do país permanecem paralisadas e depósitos de combustíveis, bloqueados por manifestantes, em ações que se transformaram o principal meio de pressão da população contra a reforma governamental que pretende elevar de 60 a 62 anos a idade mínima de aposentadoria. "Hoje, 74% dos postos estão total ou parcialmente abastecidos e 26%, sem combustível", afirmou o ministro em entrevista à rádio Europe 1. "Nos depósitos há reservas de combustível para várias semanas", completou, descartando a possibilidade de escassez a curto prazo. Hortefeux confirmou que as forças de segurança darão prosseguimento às ações para liberar o acesso aos depósitos ocupados, como ordenou o presidente Nicolas Sarkozy. As organizações sindicais, no entanto, já manifestaram a disposição de prosseguir com o movimento. "É preciso continuar com ações, com o maior número de pessoas possível", declarou Bernard Thibault, secretário-geral da CGT, principal central sindical do país. "Há um movimento que se instalou no país. O que sugerimos é que todos paremos de trabalhar ao mesmo tempo, no mesmo dia, para sair às ruas", completou. Jean Claude Mailly, dirigente da Força Operária, outra central sindical francesa, defendeu a convocação de uma nova jornada de greve. Ao ser questionado sobre a votação no Senado da polêmica reforma da aposentadoria, que deve acontecer nesta quinta-feira, Mailly destacou que a legitimidade da lei não significa sua adesão a ela. "Não questiono a legitimidade do Parlamento, mas não é por isso que se deve concordar com a lei", afirmou.