Agência France-Presse
postado em 21/10/2010 15:58
Estocolmo - Os tigres podem estar extintos em 12 anos, mas um encontro de alto nível na Rússia, no próximo mês, poderá reverter o declínio da população desses animais, anunciou nesta quinta-feira (22/10) a organização ambientalista Fundo Mundial para a Natureza (WWF)."O pior cenário é aquele no qual os tigres podem estar extintos quando entrarmos no próximo ano do tigre, em 12 anos", disse Ola Jennersten, diretor do programa de preservação internacional da WWF sueca.
A organização lidera uma campanha global para tentar dobrar o número de tigres até 2022, quando começará o próximo ano do tigre.
O WWF informou que no último século, a caça ilegal, a redução do hábitat e o comércio de partes de tigre utilizadas na medicina oriental fizeram o número de grandes felinos cair, em todo o mundo, 97%, diminuindo a população para 3,2 mil indivíduos, atualmente.
"Apesar dos números pessimistas, a situação é mais esperançosa do que nunca", disse Jennersten, enaltecendo a iniciativa política dos 13 "estados tigres" e de diferentes entidades de se encontrar na Rússia de 21 a 24 de novembro a fim de deter uma possível extinção da espécie.
"Isto será alcançado com um maior envolvimento político, concentrado em áreas para tigres, que têm a maior chance de garantir a conservação a longo prazo dos animais, e um controle maior sobre o comércio" ligado aos felinos, afirmou.
Espera-se que o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, que no passado deu demonstrações de amor pela natureza, beijando animais publicamente e exibindo-se em uma série de peripécias na natureza, algumas envolvendo tigres, participe da conferência, em São Petersburgo.
Segundo a WWF, 1,8 mil tigres vivem na Índia, no Nepal, no Butão e em Bangladesh; 450, em Sumatra, 400 na Malásia, 350 estão espalhados em todo o sudeste asiático e 450 vivem, em hábitat natural, na Rússia.