Agência France-Presse
postado em 24/10/2010 16:12
CABUL - O presidente afegão, Hamid Karzai, indicou neste domingo aos seus aliados ocidentais que não modificará sua decisão de proibir as empresas segurança privada, ainda que esteja disposto a seguir negociando com a comunidade internacional em busca de "soluções razoáveis"."O governo afegão está decidido a dissolver estas companhias e quer uma cooperação sincera e real da comunidade internacional", declarou Karzai durante um encontro com o representante da ONU em Cabul, Staffan de Mistura, com o comandante das forças internacionais, general David Petraeus, com o representante civil da Otan, Mark Sedwill, e com os embaixadores americano, alemão e britânico.
Ao mesmo tempo em que "ressaltou que o governo afegão se mantinha firme em sua decisão de dissolver as empresas de segurança privadas", Karzai "pediu aos representantes estrangeiros que forneçam uma lista dos principais projetos que precisam de proteção e seus requisitos quanto à segurança para que o governo possa tomar as medidas necessárias", afirmou um comunicado da presidência.
"Também foi combinado que serão mantidas conversas para buscar soluções razoáveis para este desafio (que sejam compatíveis) com o decreto presidencial número 62 sobre a dissolução das empresas de segurança privada", acrescentou.
A diplomacia americana afirmou na sexta-feira que buscava uma solução de transição à anunciada expulsão das empresas de segurança privada, com o objetivo de preservar projetos de desenvolvimento nesse país.
O presidente Karzai assinou no dia 17 de agosto um decreto que ordena a proibição total das empresas de segurança privadas antes do fim do ano, com exceção dos grupos que protegem as embaixadas e as bases militares.