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Votação antecipada deixa republicanos eufóricos nos Estados Unidos

postado em 25/10/2010 08:47
Se as eleições do próximo dia 2 seguirem a tendência apontada nos estados americanos que permitem a votação antecipada, os republicanos têm tudo para repetir o sucesso de 1994, quando tomaram dos democratas a maioria na Câmara e no Senado, durante o governo de Bill Clinton. Um levantamento publicado pelo site Politico em 20 estados mostra que, entre os que já votaram, a proporção de eleitores registrados como republicanos já é maior do que em 2006 e 2008. Na Flórida, na Pensilvânia, em Nevada e no Novo México ; estados com maior presença de democratas no último pleito ;, a oposição tinha conseguido levar, até o último sábado, mais pessoas às urnas. Para muitos, o ;entusiasmo; republicano é motivado pela ascensão do movimento ultraconservador Tea Party, que tem, no entanto, sua força como grupo questionada dentro do próprio partido.

Eleitora chega para votar em Nevada, onde Obama venceu em 2008: neste ano, um dos líderes democratas, o senador Harry Reid, está ameaçadoDe acordo com o levantamento divulgado pelo Politico, em 14 dos 15 estados onde os eleitores são registrados por partido os republicanos já superaram sua proporção nas urnas registrada em 2008. ;Incrivelmente, nós estamos liderando a votação até agora. É a primeira vez que isso acontece;, afirmou Daniel Conston, porta-voz do partido na Flórida, estado que registrou 42% de eleitores democratas na última eleição, contra apenas 36% de republicanos. Neste ano, porém, 53% dos moradores que já votaram estão registrados na oposição. Até em estados onde os democratas ainda lideram os votos antecipados, a diferença diminuiu, segundo a pesquisa. Na Califórnia, por exemplo, 43% dos eleitores que já compareceram às urnas são democratas, e 39%, republicanos. Na corrida presidencial de 2008, a diferença foi de 13 pontos percentuais.

Por onde passam, as caravanas democrata ; liderada pelo presidente Barack Obama e à qual o ex-presidente Bill Clinton aderiu na última semana ; e republicana ; o Tea Party Express ; têm pedido que os eleitores não apenas saiam de casa para votar, mas que o façam logo. ;Todos vocês precisam votar. Não há desculpa;, disse Obama a milhares de apoiadores de Minneapolis, onde fez campanha para o candidato democrata ao governo de Minnesota, Mark Dayton. O presidente, contudo, demonstrou preocupação com que os eleitores que votaram com os democratas mudem de lado agora. Hoje, Obama segue para seu último destino de campanha: Rhode Island. O Tea Party Express ainda percorrerá 15 estados até a próxima semana.

Defesa de peso
Para manter os bons resultados obtidos, aparentemente, pela atuação do Tea Party, no entanto, os republicanos começaram uma campanha para melhorar a aceitação do movimento dentro do próprio partido. Ontem, o estrategista Karl Rove, considerado o braço direito de George W. Bush durante seu governo, defendeu os ultraconservadores em uma entrevista ao Face the Nation, da rede CBS. Segundo ele, o Tea Party é um movimento ;patriótico; e ;incrivelmente positivo;.

No mesmo dia, o jornal The Washington Post publicou um amplo material em que mostra toda a fragilidade da aliança ultradireitista. Em um mapeamento que ;durou meses;, o Post fez contato com todos os grupos identificados com o Tea Party em todo o país, e descobriu que 70% deles não participaram de qualquer campanha política neste ano. Como um todo, eles não têm candidatos oficiais e nem têm apoiado nenhum líder nacional em particular, além de possuírem pouco dinheiro. ;Eles permanecem ambivalentes sobre seus objetivos e o processo político em geral;, aponta o Post, que resume o movimento como um ;bando de encontros vagamente interligados, que se esforça muito pouco para se engajar no processo político;.

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