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Atentado contra mausoléu sufi no Paquistão deixa quatro mortos

Agência France-Presse
postado em 25/10/2010 11:00
LAHORE - Pelo menos quatro pessoas morreram e mais de 10 ficaram feridas na explosão de uma bomba nesta segunda-feira (25/10), em um mausoléu sufi na região central do Paquistão. A região é palco de uma onda de atentados, executados em sua maioria por talibãs aliados da Al-Qaeda.

Dois homens abandonaram uma moto com garrafas de leite perto da entrada do mausoléu de Hazrat Baba Fareed Ganjshakar, uma figura santa do sufismo. Segundo testemunhas, a bomba explodiu pouco depois.

Os locais onde os muçulmanos honram a memória dos santos sufis são alvos frequentes dos extremistas no Paquistão, onde mais de 3.700 pessoas morreram em 400 atentados nos últimos anos. A autoria dos ataques é atribuída principalmente aos talibãs aliados da Al-Qaeda ou a grupos armados ligados aos fundamentalistas.

A bomba foi detonada pouco depois da oração da manhã. Em 2 de julho, ataques mataram 42 pessoas no mausoléu de um santo sufi lotado de peregrinos em Lahore. No dia 7 de outubro, nove pessoas faleceram em outro atentado suicida em um mausoléu sufi de Karachi, capital econômica do país, na região sul.

Os alvos preferidos dos talibãs paquistaneses - sunitas radicais - são as forças de segurança e os prédios públicos, mas cada vez mais eles atacam os civis, sobretudo as etnias minoritárias como os xiitas ou os ahmadis, assim como os adeptos do sufismo. O movimento é muito influente no Paquistão, tanto entre sunitas como entre xiitas.

Os talibãs, sob as ordens da Al-Qaeda, decretaram em 2007, repetindo uma atitude de Osama bin Laden, a jihad (guerra santa) contra Islamabad pelo apoio do governo à "guerra contra o terrorismo" de Washington.

O reduto do grupo radical, as zonas tribais do noroeste paquistanês, se tornou o principal santuário dos dirigentes e combatentes da Al-Qaeda, assim como a retaguarda dos talibãs afegãos.

Os aviões teleguiados da CIA disparam mísseis diariamente na região para tentar matar dirigentes da rede de Bin Laden e dos talibãs afegãos e paquistaneses.

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