Agência France-Presse
postado em 25/10/2010 15:56
Bagdá - O Iraque, um dos países com a maior presença de minas, no mundo, pediu nesta segunda-feira (25/10) ajuda à comunidade internacional para limpar o território dos aproximadamente 20 milhões de minas espalhados por lá."Retirar as minas é difícil, uma vez que não possuímos mapas das zonas minadas", declarou o primeiro-ministro iraquiano Nuri al Maliki, em entrevista sobre o assunto organizada em Bagdá. "É por isso que necessitamos da ajuda dos países doadores e da experiência da comunidade internacional", disse para a representantes da ONU, dos Estados Unidos, da União Europeia, do Japão e de outros países que financiaram a reconstrução do Iraque depois da invasão dirigida pelos Estados Unidos em 2003.
"O Iraque vê derramar-se o sangue de seus filhos", exclamou, em alusão às oito mil vítimas, um quarto delas crianças, das minas e bombas de fragmentação que datam da guerra Irã-Iraque (1980-1988), da invasão do Kuwait (1990-1991) e da ocupação do Iraque em 2003, que levou à queda do regime de Sadam Hussein.
Segundo Daniel Augstburger, da Missão de Assistência da ONU no Iraque (UNAMI), "mais de 20 milhões de minas antipessoais e de bombas de fragmentação ainda estão no país".
No total, 1,6 milhão iraquianos vivem em zonas perigosas povoadas de minas. Essas zonas, situadas em 13 das 18 províncias do país, abrangem 1.730 quilômetros quadrados, 90% dos quais sobre terras agrícolas.