Agência France-Presse
postado em 25/10/2010 17:36
Bogotá - O ex-presidente colombiano Alvaro Uribe se defendeu nesta segunda-feira (25/10) de declarações que o vinculam a um escândalo de interpelações e perseguições ilegais contra magistrados da Suprema Corte de Justiça, razão pela qual foi aberta uma investigação no Parlamento.Em um comunicado procedente do México e difundido em Bogotá, Uribe qualificou de "infâmias" as acusações feitas contra ele e pediu que sejam levadas em conta as declarações sobre o caso, tanto perante à Justiça quanto ante à comissão de acusações da Câmara de Representantes, encarregada das investigações.
O ex-presidente negou, em particular, ter ordenado a invasão à Suprema Corte de Justiça para a retirada do processo de um primo, o ex-senador Mario Uribe, acusado de ter vínculos com paramilitares de extrema-direita. Também negou ter determinado que seguissem a senadora liberal Piedad Córdoba, que ao lado do presidente venezuelano Hugo Chávez mediou uma troca de reféns da guerrilha das Farc por guerrilheiros presos.
Segundo Uribe, as evidências e testemunhos contra ele, alguns de parte de ex-funcionários do serviço de inteligência (DAS), são falsos ou foram manipulados.
Além disso, o ex-presidente assegurou ter sido "vítima de vários grampos" telefônicos, em particular durante uma ligação que manteve com o ex-procurador geral Luis Camilo Osorio, e denunciou que "nada foi investigado".