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Obama quer que latinos votem pensando na reforma migratória

Los Aangeles - O presidente americano, Barack Obama, afirmou estar "desapontado" com o fato de a reforma migratória não ter sido aprovada no Governo, mas garantiu que se os latinos não votarem em 2 de novembro, os políticos com posições mais duras vencerão, em uma entrevista transmitida pelo rádio nesta segunda-feira (25/10).

"Se os latinos não participarem desta eleição, haverá menos votos e será menos provável conquistar isto (a reforma migratória integral)", disse Obama em uma entrevista ao popular programa de rádio em espanhol "Piolín por la Mañana", apresentado de Los Angeles por Eddie "Piolín" Sotelo.

"Se os votos (latinos) não aumentarem nesta eleição, acredito que será muito mais difícil e por isso acho que é muito importante que as pessoas se concentrem em votar em 2 de novembro", acrescentou o presidente, em alusão às eleições legislativas de meio de mandato.

"Acredito profundamente que temos que solucionar os problemas de imigração para que sejamos tanto uma nação de imigrantes quanto uma nação de leis; para permitir que as pessoas saiam das sombras; para permitir que as pessoas que são produtivas e respeitam a lei possam seguir o caminho em direção à cidadania", disse Obama.

Ao iniciar a entrevista, gravada na última sexta-feira, o moderador "Piolín" expressou a frustração da comunidade hispânica com o presidente americano por causa da não aprovação até o momento da reforma migratória integral.

"Bom, eu também estou desapontado", respondeu Obama. "Me comprometi com isto durante muitos anos. Me comprometi com isto quando fui senador dos Estados Unidos". "O fato de não termos conquistado a reforma é algo que me frustra e sei que decepciona muitas pessoas na comunidade", disse.

A reforma migratória aparece entre as pendências do presidente, que chegou à Casa Branca com um recorde histórico de votos hispânicos a seu favor.

Obama reiterou que o interesse é que os republicanos aceitem que é preciso encontrar uma solução para os 11 milhões de imigrantes ilegais em troca de mais segurança na fronteira sul e mais controles no interior.