Agência France-Presse
postado em 26/10/2010 10:25
WASHINGTON - O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, afirmou nesta segunda-feira que as acusações de crime sexual contra ele são falsas e buscam distrair a atenção dos graves abusos cometidos na guerra iniciada pelos Estados Unidos contra o Iraque. O site tornou públicos mais de 400 mil documentos que mostram supostos abusos do exército americano.
"Não é correto fazer comparações entre histórias sensacionalistas e falsas e a morte de 109 mil pessoas", declarou Assange em uma entrevista ao apresentador do canal CNN Larry King.
"A CNN deveria ter vergonha de fazer isso. E você, Larry, deveria ter vergonha também", completou.
O australiano Julian Assange está sob investigação na Suécia por um suposto caso de estupro. Entretanto, dois meses após a divulgação da acusação, os promotores não indiciaram o criador do WikiLeaks.
O Wikileaks publicou na sexta-feira quase 400 mil documentos secretos do Pentágono que mostram que o Exército americano tolerou abusos durante a guerra do Iraque. Os documentos registram as mortes de 109.032 pessoas no Iraque, incluindo 66.081 civis, sendo que 15 mil destas não haviam sido reveladas.